História:

Joana D’Arc nasceu no vilarejo de Domrémy em 1412. Filha de camponeses relativamente ricos, ela era ruiva, religiosa e analfabeta. Por volta dos 13 anos, afirmou ouvir vozes do Arcanjo São Miguel, de Santa Catarina de Alexandria e de Santa Margarida de Antioquia. As vozes lhe deram quatro missões: acabar com o cerco inglês em Orleans; levar o novo rei para ser coroado, conforme as tradições, em Reims; expulsar os invasores de Paris; e libertar o duque de Orleans, primo do monarca.
Joana conseguiu se encontrar com o rei no castelo de Chinon. Ela foi interrogada por conselheiros reais e teólogos e teve sua virgindade verificada por matronas. Os senhores chancelaram a sinceridade da fé da garota, que então recebeu do rei uma espada, um estandarte grafado com as palavras “Jesus-Maria” e, embora não tenha sido nomeada cavaleira, se uniu aos soldados franceses com destino a Orleans.
Joana lutou ao lado dos soldados franceses, vestida como eles, contra a dominação inglesa em diversos campos: bastilha de Saint-Loup, torre des Augustins, torre de Tourelles, Jargeau e Patay. Sua principal contribuição era manter o moral dos soldados com palavras de confiança. A fama de guerreira se espalhou, e assim ela passou por cidades como Gien, Mézilles, Auzerre e Saint Paul. Depois marchou a Reims, onde Carlos 7° foi coroado no dia 17 de julho de 1429.
Joana conseguiu cumprir suas duas primeiras metas. A terceira missão era libertar Paris, o que não aconteceu. Joana foi ferida e seu pajem, morto. As forças francesas foram derrotadas pelos ingleses em setembro de 1429. Meses depois, Joana e seus soldados se uniram ao exército real para libertar Compiègne e, em maio de 1430, Filipe, o Bom, sitiou a cidade. Joana foi presa por um escudeiro borguinhão e vendida ao rei da Inglaterra por 10 mil libras.
Mais de 100 juízes e especialistas participaram do julgamento de Joana por feitiçaria. Entre eles, apenas sete ingleses – todos os demais eram franceses. O interrogatório durou um mês. Dois pontos (discutíveis) condenaram a ré: as vozes, que viriam do diabo na interpretação dos magistrados; e o uso teimoso de vestes masculinas, inadmissível para uma dama da época. Condenada, Joana foi queimada viva aos 19 anos, em 30 de maio de 1431.
Quatro anos depois, a nobreza francesa se reconciliou e virou o rumo da guerra, que terminou em 1453 com a vitória francesa. Carlos 7° mandou revisar o caso e negociou com a Igreja, pois não podia ter sua vitória associada a uma herege. Em 1455, o papa Calisto 3º aceitou o pedido de revisão da família D’Arc e, em 1456, a condenação foi anulada. Em 1920, a donzela foi canonizada. Símbolo da resistência francesa contra a invasão, Joana é desde 1922 a padroeira da França.
O fascínio pela história inspirou lendas e mitos. Uns dizem que Joana sobreviveu à fogueira (outra mulher teria sido queimada no seu lugar). Outros acreditam que ela era filha bastarda da rainha Isabel da Baviera e do duque Luís de Orleans, irmão de Carlos 6°. Às vezes as duas teses se encontram em uma das versões mais delirantes: Joana não só seria filha do duque mas assumiria outra identidade anos após escapar do fogaréu, como Claude des Armoises, uma aventureira que viveu em meados do século 15.
Oremos ao Santo!
Ó Santa Joana D’Arc, vós que, cumprindo a vontade de Deus, de espada em punho, vos lançastes à luta, por Deus e pela Pátria, ajudai-me a perceber, no meu íntimo, as inspirações de Deus. Com o auxílio da vossa espada, fazei recuar os meus inimigos que atentam contra a minha fé e contra as pessoas mais pobres e desvalidas que habitam nossa Pátria.
Santa Joana D’Arc, ajudai-me a vencer as dificuldades no lar, no emprego, no estudo e na vida diária. Ó Santa Joana D’Arc atenda ao meu pedido (pedido). E que nada me obrigue a recuar, quando estou com a razão e a verdade, nem opressões, nem ameaças, nem processos, nem mesmo a fogueira.
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-foi-joana-darc/
https://www.encontrocomcristo.com.br/oracao-a-santa-joana-darc/